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A história se repete

Segundo o dicionário Michaelis, história corresponde à narração ordenada, escrita, dos acontecimentos e atividades humanas ocorridas no passado.
Para que alguém realize a narração ordenada dos fatos que ocorreram no passado, precisamos, então, exercitar a nossa capacidade de recordação.
O mais interessante, neste breve raciocínio, é que existe um adágio popular na qual se afirma que “recordar é viver”.
Bem, hoje estou me lembrando de alguns acontecimentos que ocorreram na época da minha adolescência, que, infelizmente, estão se repetindo.
Caro leitor, me deixe ser mais claro.
Alguns anos atrás, mais ou menos uns 10-15 anos, me lembro que conheci um grupo de “cristãos” que almejavam “revolucionar” o cristianismo que os jovens viviam naquela época.
Esse grupo, constituído de jovens seminaristas, conseguiu, através de belos discursos cheios de apelações emocionais, angariar a admiração e respeito de jovens e adolescentes ávidos por ter uma maior vida espiritual.
Lembro-me, como se tivesse sido ontem mesmo, as palavras dos líderes:

“Você é a geração 1.5, seus pais imigrantes, vocês, têm uma grande oportunidade de criarem o elo entre seus pais, imigrantes, e a próxima geração! Vocês possuem a vantagem de poderem usar o que há de melhor na cultura de seus pais e a cultura do povo brasileiro!”

“Venha para a frente, você que tem problemas com seus pais, vamos curar essa ferida emocional agora. Me imagine como teu pai e minha esposa como tua mãe. Nos peça desculpas por tudo o que você fez de errado, e você sentirá o alívio para tua alma”.

“Eu pequei. Tive relações sexuais antes do casamento com minha futura esposa. Ela engravidou. Fiquei desesperado. Decidimos pelo aborto. Minha consciência pesava demais. Estava muito mal. Mas quando você (o líder do grupo) orou conosco, tivemos a visão do nosso filho nos céus, uma criança tão linda, e ela nos dizia que nos perdoava. Essa criança nos perdoou e minha consciência voltou a ter paz!”

Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Não vos enganem os vossos profetas que estão no meio de vós, nem os vossos adivinhos, nem deis ouvidos aos vossos sonhadores, que sempre sonham segundo o vosso desejo; porque falsamente vos profetizam eles em meu nome; eu não os enviei, diz o SENHOR. (Jr. 29:8-9)


O resultado de tudo isso: os jovens, iludidos, começaram a abandonar suas igrejas para seguirem esse grupo, principalmente o “grande líder”.
As igrejas ficaram alarmadas, não sabiam o que fazer. Os pastores, que no início achavam saudável um líder espiritual para os jovens, ficaram muito preocupados.
Sabe porquê era tão atrativo? Porque os “cultos” eram recheados de música alta, de letras emotivas, mas sem baliza bíblica; e a pregação estava voltada a, novamente, emocionar.

Hoje, a história volta a se repetir. Um grupo de jovens seminaristas, liderados por um pastor, estão tentando estabelecer uma “nova cultura cristã”. Pretendem organizar campeonatos de futebol, encontros, realizar grandes eventos de louvor, avivamentos (são poucos pretensiosos), missões, entre outras coisas.

Qual o problema? Vejamos:

1) O pastor que lidera esse “movimento” foi “discípulo” do “grande líder” de 10-15 anos atrás. Além disso, ele é famoso por ter uma linguagem mais “jovem”: é notória sua fama de ter pregado por vários anos proferindo palavrões em pleno púlpito.
Outro ponto interessante é o discurso que está se disseminando:

“Você é a geração 2.0, seus pais imigrantes, vocês, têm uma grande oportunidade de criarem o elo entre seus pais, imigrantes, e a próxima geração! Vocês possuem a vantagem de poderem usar o que há de melhor na cultura de seus pais e a cultura do povo brasileiro!”
Observem que somente foi alterado o discurso no numerário da geração, o resto é igual! Como são descarados!

2) Já existem pessoas e igrejas que “compraram” essa “idéia” (se alguém se lembrou de marketing, não é mera coincidência), ao destinarem parte da oferta de missões para sustentar esse “movimento”.
Ou seja, menos gente poderá ouvir as boas novas. Mais dificuldade para os missionários. Mais pessoas no inferno.

3) Não assumem claramente, mas se trata de um movimento de cunho liberal:

“Não pretendemos ser como aqueles caras engomadinhos, certinhos...Não vamos ficar dizendo que isto ou aquilo é errado...Não somos legalistas....”
É nítida a “crítica” que eles fazem, através de gestos e risadas irônicas, dos reformados, chamando-os de legalistas. Ao não se ensinar o certo e o errado, se nega o crescimento espiritual e a santificação!

4) A humildade é a principal características, já que pretendem “organizar” avivamentos e missões. Não bastasse isso, é um movimento que se autodenomina “internacional”.

5) A lavagem cerebral é muito clara ao afirmarem que querem que os jovens e adolescentes “abracem” essa causa, assim como quando abraçaram a cruz quando foram salvas.

6) O líder possui um entendimento, no mínimo suspeito, quanto o que é um culto. Afirmou que foi realizado um culto entre os seminaritas com louvor, mas sem Palavra!

7) O entendimento das Escrituras é no mínimo curiosa. Foi utilizada a passagem de Mt 13:45-46:
“Outrossim, o reino dos céus é semelhante ao homem, negociante, que busca boas pérolas;
E, encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha, e comprou-a.”

O que a parábola está nos ensinando? É o fato de que quando se encontra o Reino dos Céus, entenda-se a salvação, a pessoa:
a) No primeiro instante receberá a alegria da salvação;
b) Como conseqüência da salvação, começará o processo de santificação (vender tudo o que tinha), que leva ao abandono dos hábitos pecaminosos.
Mas como disse no item 3, são liberais (não há exortação ao abandono do pecado).

Diante de tudo o que foi exposto, fica claro, através da história recente, que esse “novo movimento” que está surgindo não passa de uma cópia descarada do que aconteceu alguns anos atrás.
O discurso é praticamente o mesmo, com algumas camuflagens estéticas. O erro é o mesmo e o resultado não há de ser diferente:

Jovens e adolescentes que se deslumbrarão + esvaziamento das igrejas = Geração perdida.

“Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas”. (2Tm 4:3-4)

Um comentário:

  1. Palavras duras... mas fatos são fatos e não podemos negar isso.
    espero que Deus esteja olhando por esse trabalho e cobrando pelas coisas erradas! e nós que vimos e percebemos, nos mover em pró da verdade em Cristo!
    Um Ótimo post contendo uma advertencia que devemos nos preocupar!
    Parabéns~!

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