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A história se repete

Segundo o dicionário Michaelis, história corresponde à narração ordenada, escrita, dos acontecimentos e atividades humanas ocorridas no passado.
Para que alguém realize a narração ordenada dos fatos que ocorreram no passado, precisamos, então, exercitar a nossa capacidade de recordação.
O mais interessante, neste breve raciocínio, é que existe um adágio popular na qual se afirma que “recordar é viver”.
Bem, hoje estou me lembrando de alguns acontecimentos que ocorreram na época da minha adolescência, que, infelizmente, estão se repetindo.
Caro leitor, me deixe ser mais claro.
Alguns anos atrás, mais ou menos uns 10-15 anos, me lembro que conheci um grupo de “cristãos” que almejavam “revolucionar” o cristianismo que os jovens viviam naquela época.
Esse grupo, constituído de jovens seminaristas, conseguiu, através de belos discursos cheios de apelações emocionais, angariar a admiração e respeito de jovens e adolescentes ávidos por ter uma maior vida espiritual.
Lembro-me, como se tivesse sido ontem mesmo, as palavras dos líderes:

“Você é a geração 1.5, seus pais imigrantes, vocês, têm uma grande oportunidade de criarem o elo entre seus pais, imigrantes, e a próxima geração! Vocês possuem a vantagem de poderem usar o que há de melhor na cultura de seus pais e a cultura do povo brasileiro!”

“Venha para a frente, você que tem problemas com seus pais, vamos curar essa ferida emocional agora. Me imagine como teu pai e minha esposa como tua mãe. Nos peça desculpas por tudo o que você fez de errado, e você sentirá o alívio para tua alma”.

“Eu pequei. Tive relações sexuais antes do casamento com minha futura esposa. Ela engravidou. Fiquei desesperado. Decidimos pelo aborto. Minha consciência pesava demais. Estava muito mal. Mas quando você (o líder do grupo) orou conosco, tivemos a visão do nosso filho nos céus, uma criança tão linda, e ela nos dizia que nos perdoava. Essa criança nos perdoou e minha consciência voltou a ter paz!”

Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Não vos enganem os vossos profetas que estão no meio de vós, nem os vossos adivinhos, nem deis ouvidos aos vossos sonhadores, que sempre sonham segundo o vosso desejo; porque falsamente vos profetizam eles em meu nome; eu não os enviei, diz o SENHOR. (Jr. 29:8-9)


O resultado de tudo isso: os jovens, iludidos, começaram a abandonar suas igrejas para seguirem esse grupo, principalmente o “grande líder”.
As igrejas ficaram alarmadas, não sabiam o que fazer. Os pastores, que no início achavam saudável um líder espiritual para os jovens, ficaram muito preocupados.
Sabe porquê era tão atrativo? Porque os “cultos” eram recheados de música alta, de letras emotivas, mas sem baliza bíblica; e a pregação estava voltada a, novamente, emocionar.

Hoje, a história volta a se repetir. Um grupo de jovens seminaristas, liderados por um pastor, estão tentando estabelecer uma “nova cultura cristã”. Pretendem organizar campeonatos de futebol, encontros, realizar grandes eventos de louvor, avivamentos (são poucos pretensiosos), missões, entre outras coisas.

Qual o problema? Vejamos:

1) O pastor que lidera esse “movimento” foi “discípulo” do “grande líder” de 10-15 anos atrás. Além disso, ele é famoso por ter uma linguagem mais “jovem”: é notória sua fama de ter pregado por vários anos proferindo palavrões em pleno púlpito.
Outro ponto interessante é o discurso que está se disseminando:

“Você é a geração 2.0, seus pais imigrantes, vocês, têm uma grande oportunidade de criarem o elo entre seus pais, imigrantes, e a próxima geração! Vocês possuem a vantagem de poderem usar o que há de melhor na cultura de seus pais e a cultura do povo brasileiro!”
Observem que somente foi alterado o discurso no numerário da geração, o resto é igual! Como são descarados!

2) Já existem pessoas e igrejas que “compraram” essa “idéia” (se alguém se lembrou de marketing, não é mera coincidência), ao destinarem parte da oferta de missões para sustentar esse “movimento”.
Ou seja, menos gente poderá ouvir as boas novas. Mais dificuldade para os missionários. Mais pessoas no inferno.

3) Não assumem claramente, mas se trata de um movimento de cunho liberal:

“Não pretendemos ser como aqueles caras engomadinhos, certinhos...Não vamos ficar dizendo que isto ou aquilo é errado...Não somos legalistas....”
É nítida a “crítica” que eles fazem, através de gestos e risadas irônicas, dos reformados, chamando-os de legalistas. Ao não se ensinar o certo e o errado, se nega o crescimento espiritual e a santificação!

4) A humildade é a principal características, já que pretendem “organizar” avivamentos e missões. Não bastasse isso, é um movimento que se autodenomina “internacional”.

5) A lavagem cerebral é muito clara ao afirmarem que querem que os jovens e adolescentes “abracem” essa causa, assim como quando abraçaram a cruz quando foram salvas.

6) O líder possui um entendimento, no mínimo suspeito, quanto o que é um culto. Afirmou que foi realizado um culto entre os seminaritas com louvor, mas sem Palavra!

7) O entendimento das Escrituras é no mínimo curiosa. Foi utilizada a passagem de Mt 13:45-46:
“Outrossim, o reino dos céus é semelhante ao homem, negociante, que busca boas pérolas;
E, encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha, e comprou-a.”

O que a parábola está nos ensinando? É o fato de que quando se encontra o Reino dos Céus, entenda-se a salvação, a pessoa:
a) No primeiro instante receberá a alegria da salvação;
b) Como conseqüência da salvação, começará o processo de santificação (vender tudo o que tinha), que leva ao abandono dos hábitos pecaminosos.
Mas como disse no item 3, são liberais (não há exortação ao abandono do pecado).

Diante de tudo o que foi exposto, fica claro, através da história recente, que esse “novo movimento” que está surgindo não passa de uma cópia descarada do que aconteceu alguns anos atrás.
O discurso é praticamente o mesmo, com algumas camuflagens estéticas. O erro é o mesmo e o resultado não há de ser diferente:

Jovens e adolescentes que se deslumbrarão + esvaziamento das igrejas = Geração perdida.

“Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas”. (2Tm 4:3-4)

Mulher virtuosa...



Mulher virtuosa, aonde você está?
Tú és mais preciosa que o ouro ou a prata¹. 
Nem o rubi, nem o diamante, nem a pérola
resplandescem como a tua face.

Mulher virtuosa, por onde você anda?
Passeias elegantemente exalando o perfume do Príncipe da Paz², 
teus caminhos são retos perante o Criador,
e teus pés são tão formosos³!

Mulher virtuosa, quem te achará?
Porque compreendes a Verdade das Escrituras,
não te deixas confundir pelo engano do feminismo, que cria rixas inexistentes,
porque não compreende que és como a Rainha Ester e não plebéia.

Mulher virtuosa, quão feliz aquele que te encontrar!
Porque serás a coroa do teu marido,
sendo que em ti que ele confiará,
e por temeres ao Senhor, serás louvada e honrada.

Mulher virtousa, quando te encontrarei?
Porque sei que em ti encontrarei sabedoria,
que não deturpará as Escrituras para justificar qualquer erro.
Ó mulher virtuosa! Espero logo te encontrar...

¹ Pv 31:10
² 2Cor 2:14
³ Is 52:7

Missões: vamos pensar nisso

Vamos trabalhar em missões, sejam no nosso bairro, cidade, estado, país, continente ou pelo mundo afora. Está mais do que na hora.

Uma música que toca minha alma

Como é bom ouvir um hino com letras edificantes, que tratam da graça e misericórdia de Deus. Algo que hoje está tão em falta. Infelizmente.
A que vos apresento hoje, era a preferida do meu falecido avô materno, um homem de Deus. Uma homenagem bem tardia, mas que vem do fundo do coração. O autor deste hino é John Newton.


Amazing Grace (Graça Sublime)

Graça sublime (que doce som)
Que salvou um pobre miserável como eu
Eu antes estava perdido, mas agora fui achado
Eu era cego, mas agora vejo


Esta foi a graça que ensinou ao meu coração a temer
E graça que meus medos aliviou
Quão precioso, que a graça surgiu
A hora em que, primeiro, eu cri


Através de muitos perigos, fadiga e ciladas
Eu já passei
Essa graça me trouxe a salvo de tão longe
E graça que me conduzirá ao lar


O Senhor prometeu bênçãos para mim
Sua Palavra segura minha esperança
Ela será meu escudo e quinhão
Enquanto esta vida durar


E quando essa carne e coração passarem
E a vida mortal cessar
Eu terei no vale
Uma vida de alegria e paz


A terra se dissolverá como a neve
O sol vai deixar de brilhar
Mas Deus, que me chamou aqui na terra
Será para sempre meu.


Quando nós estivermos lá por dez mil anos
Brilhando como o sol,
Não teremos menos dias para cantar louvores a Deus
Do que quando nós começamos.


OBS: Tradução do site http://arteejubilo.blogspot.com/

♪ Leia a Bíblia e faça oração se quiser crescer! ♫

O pensamento pós-moderno, na qual inexiste uma verdade absoluta, ou seja, cada "achismo" individual é considerada uma verdade, tem trazido uma grande confusão na mente das pessoas.
O cristão de hoje se tornou medroso, covarde em defender aquilo que lhe é mais sagrado: o conhecimento, o estudo, a compreensão e, consequentemente, a mensagem da Palavra de Deus.
Não é possível que os cristãos, por puro desconhecimento das Escrituras, sejam enganados pela "ladainha" do relativismo.
É comum ouvir no meio cristão frases como:
1) "Acho que Deus queria dizer isso ou aquilo" ou "para mim a passagem citada quer dizer isso" - ambas refutadas por Jr. 17:9.
2) "Deus é amor, portanto, no final todos serão salvos" - Rm 2:5-8.
3) "A Bíblia, por ter sido escrita por homens, deve, provavelmente, conter erros" - 2Tm 3:16-17, na qual consta toda a autoridade das Escrituras para ensino, correção e crescimento espiritual.
4) "Não posso julgar meu próximo, nem ninguém, porque estarei sendo hipócrita" - Jesus julgou os fariseus e saduceus (Mt 23:27), Paulo julgou Alexandre e Himeneu (1Tm 1:20) porque eles blasfemavam a Palavra de Deus, Pedro julgou Ananias e Safira (At 5:3-4) pela ganância e mentira ao Espírito Santo. Os reformadores não julgaram os ensinos da Igreja Católica para poderem ter conhecimento de que a salvação somente provém pela graça?
Até quando seremos bebês espirituais, que não crescem, amadurecem, incapazes de se alimentar com o sólido alimento espiritual?
Quantos de nós, supostamente convertidos há muitos anos, ainda não sabemos nem engatinhar na nossa fé?
Será que teremos que ser repreendidos, tal qual foi a repreensão que vemos em Hb 5:12?
Por acaso, ensinamos nossos alunos a crescer na fé, mediante a oração e estudo da Palavra? Caso negativo, simplesmente ignoramos esse defeito, ou utilizamos a exortação, e se necessária, a repreensão para corrigi-los?
E o culto diário nosso de cada dia? Existe? Qual a será a nossa desculpa? Tempo, cansaço?
O culto público, então, como está? Você luta para compreender a pregação, ou simplesmente fica lendo mensagens do celular ou jogando jogos?
Sem esquecer que você está diante de Deus. Você já pensou nisso?
Todas as frases citadas anteriormente (frases 1, 2, 3 e 4), se você estudar corretamente a Palavra de Deus, perceberá que estão erradas.
Se você não consegue compreender isso, está mais do que na hora de buscar o pastor ou seminarista da tua igreja.
Eu já comecei.

Eu pratico boxe e você?

Casa lotada, uma multidão de espectadores, tal qual uma nuvem de testemunhas, se acomodam para assistir ao tão aguardado evento.
O clima está muito tenso. É o prelúdio de uma batalha que promete ser épica.
Um pequeno sujeito faz as honras da casa:

Senhoras e Senhores! Sejam bem-vindos a mais uma luta fantástica! 
Estamos diante do maior de todos os clássicos! 
No córner à minha direita, está ele, aquele que subjuga nações, reis e impérios! 
Sua força é tão descomunal que é conhecido como príncipe deste mundo (Jo 16:11)! 
A sua fúria é tão intensa que parece um leão que ruge procurando alguém para devorar (1Pe 5:8)! 
Já foi considerado o sinete da perfeição (Ez 28:12-19)! 
É ele! Apoliom (Ap 9:11)!

Quando ergui os olhos, eis que vi na sua luva esquerda : Mundo; na sua luva direita: Carne.
São estes seus instrumentos de batalha.
Não bastasse isso, ostentava em seu corpo tatuagens nas quais estava escrito todo tipo de pecado e abominação contra o Criador.
Prossegui ouvindo o apresentador:

No córner à minha esquerda o seu adversário!
Ele já foi considerado escravo do pecado!
Andava sobre a ira do Criador e era chamado de iníquo!
Hoje foi redimido e teve sua liberdade comprada pelo Rei dos reis!
   Seu nome é Cristão!

Quando fixei meus olhos no Cristão, vi que na luva esquerda estava escrito: regeneração e arrependimento; na sua luva direita estava escrito: justificação e remissão de pecados. Não bastasse isso, vi que seu corpo estava banhado de sangue.
Fiquei atônito diante desse quadro, e pensei comigo mesmo: a luta nem começou e já está sangrando! Será um massacre!
Nesse instante, eis que vejo um homem de idade já avançada, é o pai de Isaque, avô de Jacó, que me diz:

Não te preocupes, o sangue que estás vendo é do Rei dos reis que está assentado lá nas tribunas.
E é somente por causa desse sangue que Cristão foi habilitado a resistir a Apoliom. 
O lutador Cristão irá sofrer nesta luta. 
Apoliom desferirá golpes violentos e precisos que poderão desnortear Cristão.
Ele cairá algumas vezes, mas no final vencerá.
Não por méritos próprios, mas sim porque foi treinado pelo Espírito Santo e se alimentou corretamente com as Escrituras.
Apoliom luta para acabar com a fé e a esperança que Cristão tem no reino que o Rei dos rei irá trazer.
Cristão luta para permanecer firme, perseverando até o final, para poder receber a coroa da vida (2Tm 4:8).

Assim que ele terminou de me explicar isso, eis que ouço o gongo tocar. A luta acaba de começar.

___________________________________

Esta parábola serve para nos lembrar que em nossas vidas, como cristãos, teremos que travar uma luta diária contra o Diabo, a Carne e o Mundo.
Devemos carregar nossa cruz todos os dias, negando quem nos somos (Mt 10:37-39).
Sem lutas, conflitos, nosso viver cristão não será verdadeiro.
Sejamos firmes e perseveremos até o fim, não desfaleçamos!



Reflexões a partir do disquete 5 ¼”


A maioria dos meus leitores, que pertencem à geração internet, não devem estar familiarizados com o título do post de hoje.
Há algumas décadas, lá pelos anos 90, comecei a ter a oportunidade de conhecer o mundo da informática. Me lembro que me sentia como um desbravador, à procura de terras nunca antes navegadas.
Um dos itens mais importantes era o disquete, que podemos dizer, é o avô dos atuais pendrives. Esses disquetes possuíam uma capacidade de armazenamento de dados ínfimos, que variava de 160 kb a 720 kb. Literalmente nada!
Era muito comum que cada jogo no computador era composto de uns 10 a 30 disquetes, sendo que a cada fase que você avançava no jogo, devia trocar o disquete por aquele que permitiria avançar no jogo.

 
Disquete 5 ¼”

Nessa época existiam muito jogos interessantes, com gráficos bem simples, mas que me forçaram a gastar horas de diversão.

Prince of Persia: um dos primeiros jogos que conheci



Meu computador era parecido com esse: eu tinha um 286 com tela monocromática como na foto (só de pensar meus olhos voltam a arder...)

Você deve estar se perguntando o porquê de estar trazendo à tona coisas que hoje são consideradas obsoletas.
Nestas últimas duas décadas, verificamos que a indústria dos aparelhos eletrônicos (principalmente telefones celulares e computadores pessoais) se desenvolveu magistralmente, chegando a tal ponto que o intervalo do lançamento de novos produtos tem se tornado cada vez menor.
Se você compra hoje um novo celular, por exemplo, é possível que em menos de 3 meses esse aparelho já tenha se tornado obsoleto.
Aí surge um grande nicho para as empresas: se cria uma necessidade, antes inexistente, do ser humano ter que comprar os últimos lançamentos tecnológicos.
Quem possui esses novos apetrechos é considerado uma pessoa legal, interessante, ganhando uma admiração e status social.
Quem não adere à esse "movimento" é considerado alguém retrógrado, atrasado, chato.
Não estou a dizer que a tecnologia não possa ser útil: muito pelo contrário. O desenvolvimento e aperfeiçoamento de novas tecnologias pode gerar grandes ganhos às pessoas, tal como facilitar o trabalho. 
Mas o ser humano, por incrível que pareça, permanece o mesmo desde a criação: temos necessidade de alimento, de uma família, de amigos, etc.
A mudança que ocorre é quanto à disponibilidade de informações e comodidades como nunca antes houve. 
Entretanto, será que essa alternância de informações e tecnologias, a uma velocidade cada vez maior, não tem nos jogado em um mundo cada vez mais confuso?
Não conseguimos mais distinguir quais são as informações que nos gerarão conhecimento; pelo contrário, tentamos nos informar sobre tudo o que ocorre ao nosso redor, não guardando mais nada, gerando algumas doenças e distúrbios, como a síndrome do excesso de informação, a ansiedade, entre outros.
Ao tentarmos acompanhar as novas tecnologias, acabamos entrando no círculo vicioso do consumismo desenfreado, que resulta no caos financeiro.
Estamos nos tornando incapazes de perceber quais são as nossas prioridades.
E quais deveriam ser as nossas prioridades?
A alimentação (física e espiritual) e o relacionamento com a família e com os amigos. 
Certamente o leitor perceberá que deixei de lado a segurança, a estima, a auto-realização, etc., que são estudados nas faculdades de administração de empresas. Por outro lado, devo esclarecer que a escolha da alimentação e dos relacionamentos é proposital.
Quem não se alimenta não cresce, enfraquece, ficando doente, podendo até morrer.
No caso espiritual, caso você não se alimente, não poderá crescer na salvação, conforme 1Pe 2:2 (vale ressaltar que a salvação não se perde), e nem amadurecer espiritualmente, sendo sempre inconstante (Ef 4:14). 
Quanto aos relacionamentos, Deus constituiu o ser humano como ser social, que não deve viver só, isolado (Gn 2:18). Além disso, a família é a semente de uma sociedade e da igreja (ligado à importância do culto coletivo, da comunhão - Sl 111:1). Famílias desfeitas, resultarão em uma sociedade doentia e em igrejas enfraquecidas.
Desta forma, devemos nos perguntar: qual é a minha prioridade no meu dia-a-dia? O sério relacionamento com Deus, minha família e meus amigos, ou a aquisição de bens? 

"Porque, onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração" 
Lucas 12:34

Aviso aos que andam na igreja, principalmente se você leciona

Estava a refletir sobre como é realizada a escolha e nomeação dos professores da Escola Bíblica Dominical (EBD) e percebi um fato muito preocupante: a maioria daqueles que exercem este chamado, a saber, do ensino correto e fiel das Escrituras, sequer sabe da responsabilidade que repousa sobre seus ombros.
A Palavra de Deus é muito clara ao estabelecer a importância do esmero no ensino das Escrituras (Rm 12:7), e o ensino sem dedicação, afinco, cuidado, fidelidade é pecado!
Além disso, em Mt 18:6-7 percebemos que a prestação de contas será rigorosa:


"Mas, qualquer que escandalizar um destes pequeninos, que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar.
Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!" (grifo nosso)

 
Não bastasse isso, no Antigo Testamento, há uma passagem na qual Deus estabelece que no final dos tempos, o julgamento será impiedioso, a começar por aqueles que "frequentam" a casa de Deus:

"Então, ouvi que gritava em alta voz, dizendo: Chegai-vos, vós executores da cidade, cada um com a sua arma destruidora na mão.
Eis que vinham seis homens a caminho da porta superior, que olha para o norte, cada um com a sua arma esmagadora na mão, e entre eles, certo homem vestido de linho, com um estojo de escrevedor à cintura; entraram e se puseram junto ao altar de bronze.
A glória do Deus de Israel se levantou do querubim sobre o qual estava, indo até à entrada da casa; e o SENHOR clamou ao homem vestido de linho, que tinha o estojo de escrevedor à cintura,
e lhe disse: Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal a testa dos homens que suspiram e gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela.
Aos outros disse, ouvindo eu: Passai pela cidade após ele; e, sem que os vossos olhos poupem e sem que vos compadeçais, matai;
matai a velhos, a moços e a virgens, a crianças e a mulheres, até exterminá-los; mas a todo homem que tiver o sinal não vos chegueis; começai pelo meu santuário." (grifo nosso)
(Ez 9:1-6)


Para referendar essa passagem, Jesus afirma que a própria Palavra nos julgará: 

"E se alguém ouvir as minhas palavras, e não crer, eu não o julgo; porque eu vim, não para julgar o mundo, mas para salvar o mundo.
Quem me rejeitar a mim, e não receber as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia."
(João 12: 47-48)


Pela leitura do texto, fica evidente que Deus poupará apenas aqueles que permanecerem fiéis à sua Palavra, ou seja, aqueles que não se conformam com as abominações que se cometem e que, consequentemente, receberão uma marca com um sinal na testa, assim como em Ap 9:1-4.
Diante do exposto, a pergunta que fica para o leitor: você que "frequenta" a casa de Deus, tem tido o temor diante da Palavra pregada?
E você que leciona na EBD, tem se dedicado como convém? Ou tem negligenciado as aulas e seus alunos, atraindo a ira de Deus sobre sua vida? Você percebe que está vivendo sobre esse pecado? 
Se arrependa, enquanto ainda é tempo.




Carta ao meu irmão

São Paulo, 08 de Agosto de 2010.


Querido irmão S*, te escrevo esta carta porque fiquei sabendo pela nossa mãe que estas sentindo falta da nossa família e de teus alunos aqui no Brasil.
Não vou negar que sinto muito a tua falta. A ausência da tua presença me é por demais muito estranha. Sinto falta de ouvir seu ronco à noite, de poder conversar sobre as nossas preocupações ministeriais e dos livros que você tão bem me sugeriu a estudar para crescer na minha vida espiritual.
Às vezes acho meio que engraçado, o fato de você, meu irmão caçula, ter sido o primeiro a amadurecer e a conhecer Cristo.
Sei que durante muitos anos não fui o irmão mais velho que você tanto precisou em muitos momentos. Mas Deus, por sua sabedoria, deixou claro que em nossa família oriental, rígida quanto ao respeito hierárquico entre as pessoas mais velhas e novas, a mais nova fosse se tornar a mais respeitada.
Te agradeço muito porque sei que você e a nossa mãe derramaram muitas lágrimas até que eu encontrasse Cristo. Isso significa muito para mim.
Quando você partiu para o caminho que Deus te chamou, nunca pensei que algumas pequenas coisas, até insignificantes, poderiam me lembrar a falta que você me faz.
Não consigo mais jogar video-game, sem você não tem graça!
Nossa mãe, imagina só, está a dizer que sente falta da tua bagunça! Nunca imaginaria ouvir isso dela...
Já nosso pai, bem você sabe, ele sente muito tua falta, mas está satisfeito porque você está realizando um sonho dele, aquele acadêmico, lembra?
Compreendo que estar longe deve ser extremamente difícil. Não ter o porto seguro da família não é para qualquer um.
Seja forte. Mantenha o ânimo. Não se esqueça que esse é um dos sacrifícios que temos que fazer para obedecer ao chamado. Lembra-te sempre:



"Respondeu-lhes Jesus: Em verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado casa, ou mulher, ou irmãos, ou pais, ou filhos, por causa do reino de Deus, que não receba, no presente, muitas vezes mais e, no mundo por vir, a vida eterna." (Lc 18:29-30)

Também tenha em vista que tua família em Cristo está cada vez maior, agora com membros de outro país!
Quando te sentires abatido, entristecido, não te esqueças que estamos orando por você constantemente.
Podemos diminuir um pouco a saudade pelo telefone e a internet, mas sei que o que a família gostaria é de poder te abraçar.
Espero que esta carta possa ter te trazido um alento e tenha te animado.
Que Deus te abençoe.
Do teu irmão mais velho de nascença, mas mais novo em Cristo. 



OBS: Este post serve de homenagem àqueles que por causa do reino de Deus, deixaram sua família.

Philos, Storge, Eros e Ágape

O que seria da humanidade sem o amor?
Por causa deste sentimento muitas guerras foram travadas e tréguas foram seladas.
A princesa Helena se apaixonou por Páris e desencadeou a famosa Guerra de Tróia, narrada por Homero na Ilíada.
O ilustre poeta lusitano Luís de Camões descreve este sentimento como:

"Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;


É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.


É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence o vencedor,
É ter com quem nos mata lealdade


Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade;
Se tão contrário a si é o mesmo amor?"








Dentre todas as descrições do amor, feita pelos poetas durante muitos séculos, considero esta a mais tocante.
Me lembro, alguns anos atrás, do momento em que ouvi pela primeira a música "Monte Castelo" da banda Legião Urbana.
Tratava-se da melhor definição do amor: uma mescla da definição de Camões com a do apóstolo Paulo.
Mas, como o próprio apóstolo disse em 1Co 13:11, eu era menino, falava como menino, sentia como menino e pensava como menino.
Agora, que sou homem, penso de outra forma.
Graças à misericórdia de Deus, que me alcançou da escuridão dos meus pecados, compreendo melhor o que o apóstolo queria ensinar.
Entretanto, para me aprofundar um pouco mais no tema, é preciso realizar uma breve consideração aos tipos distintos de amor, conforme a filosofia grega. São quatro palavras que descrevem formas distintas de amor.

- Philos: é a palavra que descreve uma amizade, inclusive todos os sentimentos que a envolvem, ou seja, a sinceridade, a união, a fraternidade, etc.

- Storge: decorre dos laços formados dentro de uma família,ou seja, entre pais, filhos e irmãos, hoje infelizmente tão desvalorizado.

- Eros: esta palavra envolve todos os sentimentos que decorrem da relação entre um homem e uma mulher. Corresponde ao amor sexual, não apenas na conotação da atração física, mas sim dos sentimentos que envolvem este tipo de relação, a "entrega do coração" à pessoa amada, a alegria da presença dessa pessoa, etc. É a descrita no texto de Camões.  Atualmente o que prevalece, infelizmente, é apenas a atração sexual, culminando em relações superficiais e efêmeras.

- Ágape: este é o amor incondicional, altruísta, sem egoísmos. É o amor descrito em 1Corintíos cap.13, 1Jo 4:16 (Deus é amor), entre outros. É a melhor definição do amor que Deus tem pela humanidade.

É nesta última definição de amor que gostaria de tecer alguns comentários. Muitas pessoas, mesmo cristãos, acreditam que pelo fato de Deus ser amor (ágape), Ele não poderia condenar à perdição eterna, entenda-se inferno, seres criados à sua imagem e semelhança, que tanto ama.
A princípio, este raciocínio faz sentido, tem uma lógica. Mas existe um grande problema nessa forma de pensar: é uma análise superficial, sem compreensão real da profundidade e totalidade das Escrituras, que decorre da leitura e entendimento de "partes selecionadas" da Palavra de Deus.
Se o prezado leitor se atentar a estudar com afinco, dedicação e pedir por sabedoria, compreenderá que por Deus ser amor, Ele amará as coisas mais valiosas que existem.
Dentre todas as coisas, será que existe algo mais extraordinário que o próprio Deus?
Será que há algo, ou alguém, mais santo, puro, bondoso e misericordioso que o próprio Deus?
Sinceramente, não.
Como Ele ama tudo que é perfeito, santo, puro, etc, e não existe nada nem ninguém que possua todos esses atributos, a não ser Ele próprio, então percebemos que Ele só pode amar a si mesmo acima de todas as coisas.
Ao amar tudo que é santo e puro, será que Ele poderia admitir que o homem fosse corrompido pelo pecado?
De jeito nenhum. Não que fosse uma limitação do seu poder, mas sim porque o Seu amor pelo que é santo desemboca no amor pelo que é justo. E não existe nenhum justo, nenhum sequer (Rm 3:10).
Se não existe ninguém habilitado a receber o amor de Deus, não podendo conhecê-lo e glorificá-lo, estávamos todos condenados!
É neste instante, que Ele intervém, permitindo, por Sua própria e exclusiva iniciativa, a reconciliação: através da morte e ressureição de Jesus Cristo, que carregou sobre si nossas iniquidades (Is 53:4).
Desta forma fica claro que Deus continua sendo amor (ágape), mesmo que exista a condenação ao inferno, porque esse amor é tão grande, imensurável, incompreensível, que Jesus Cristo redime aquele que n´Ele crê (Jo 3:16).
A pergunta que fica: e você leitor, que tipo de amor tem vivenciado?
Será que você só conhece o amor Philos, Storge e Eros?
Você gostaria de conhecer o verdadeiro amor ágape?