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Ainda dá tempo, mas está acabando

Igreja lotada. Pessoas cultuando a Deus. Grande clamor pela Palavra de Deus, do derramar da sua graça e misericórdia em nossas vidas...
Acordo. É apenas um desejo do meu coração, que me levou a um instante de devaneio.
Não me sinto bem. Estou preocupado e entristecido. Me sinto covarde porque a minha voz falha em anunciar com firmeza que o caminho que estamos seguindo está errado.
Meu querido irmão Taka me lembra, no seu blog, que para Martin Luther King o silêncio dos bons é um mal sinal dos tempos.
Compreendo que ver o número de jovens de uma igreja diminuindo não é nada agradável. Mas não é só isso. A maioria dos que ficam, permanecem por mero comodismo.
Em outras palavras, me acostumei a ir na igreja de domingo. É um hábito. Vou para ver meus amigo(a)s.
Coral? Só porque sou obrigado, ou pior, porque quero receber ajuda de custo da igreja.
Ensinar? Preparo antes da aula, no meio do culto. Os alunos não vão perceber.
Vida de oração? Tranquilo, quando estiver com problemas procuro Deus, porque agora não preciso Dele.
Leitura e meditação da Palavra? Começo amanhã.
Domingo? Se não tiver nada marcado, participo do culto, ou das atividades, mas se alguém me chamar para algo "mais interessante", nem participo ou saio.
Vida cristã? Não tem problema, posso continuar sendo como sou, egoísta, mesquinho(a), eu sou assim mesmo, eu posso.
Esses são alguns dos sintomas que os jovens das igrejas, pelo mundo afora, demonstram do esfriamento do amor por Deus. Estão em busca de aceitação social pelo mundo.
Passei por isso, não foi nada fácil. Por muito pouco não desfaleci diante do desfiladeiro da morte eterna.
Somente pela graça de Deus e às orações de minha mãe, meu irmão e meus avós, fui restaurado.
Sofri demais. Tropecei inúmeras vezes. Mas não me arrependo. São as cicatrizes que carrego dentro de mim que me lembram aonde quero ir.
Olho ao redor, as mesmas armadilhas, seduções que me atacaram estão sobre aqueles que me rodeiam.
Tento falar, mas não me entendem. Quando gritei, fui repreendido.
Não posso fazer mais nada, a não ser orar.
A dureza dos corações me assustou demais. A Palavra sendo interpretada para justificar os erros me assombra. Não há mais temor e tremor diante da mensagem de Deus proferida.
Nunca pensei que sentiria, mesmo que em menor grau, o que os profetas sentiram ao proclamar o arrependimento e ver Israel dar as costas a Deus.
E o pior, não é a primeira igreja em que vejo isso. Isso já está disseminado.

"Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor.
Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres."
Ap. 2:4-5

"Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas."
Mt 6:33


"Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos."
Mt 22:14


De madrugada....

Eu não gosto de acordar cedo. Preciso durmir minhas 7h 30 min para me sentir bem. Fico de muito mal humor quando acordo no meio da noite ou não durmo o tempo que preciso. Quem me conhece sabe disso.
Entretanto, esta madrugada aconteceu algo, no mínimo, curioso.
Acordei, lá pelas 4 da manhã, sem motivo algum. Levantei da cama, fui beber água e retornei à cama. Mas não conseguia durmir. Algo estava me incomodando, e, pasmem, sabia o que era. Tentei lutar contra isso, mas minha mente girava em inúmeros pensamentos, não havia sossego.
Então, me rendi.
Meio sonolento, peguei minha lista de temas de orações que escrevera na noite anterior e comecei a orar. Durante a oração senti a paz retornar à minha alma e após terminar, senti o sono voltar pesadamente.
Esse fato me lembrou de Hudson Taylor e outros servos de Deus que tinham uma vida de oração ativa.
Vou dedicar mais tempo à oração, porque o acaso não existe.
E você, como anda a sua vida de oração?



Recebi um grande presente.

O que é um presente?
Segundo o dicionário Michaelis, podemos definir um presente como um brinde, uma oferta, uma oferenda ou uma dádiva.
Dentre todas essas definições, a última (dádiva) é a que me chamou a atenção neste dia.
Você deve estar se perguntando: Mas qual a razão desta divagação?
Pois bem, deixe-me explicar melhor o que está acontecendo.
Hoje de manhã tive uma grande notícia: uma pessoa que trabalha comigo, me informou, com alegria e alívio a ocorrência de um milagre.
O pai dessa pessoa já tivera que operar a garganta devido ao surgimento de um nódulo cancerígeno (maligno) na garganta.
Foi realizada a operação, com a devida retirada deste tumor e sem nenhum sinal de algum resquício.
Entretanto, após alguns meses, é constatado o surgimento de um novo nódulo cancerígeno na garganta.
A operação foi marcada para o dia 19/05/2010.
Para o espanto dos médicos, momentos antes de se iniciar a intervenção cirúrgica, o nódulo não é encontrado. Simplesmente desapareceu.
Os médicos, sem compreender como isso aconteceu, proferem a seguinte frase: "Foi um milagre".
Sim, Deus ainda faz milagres.
Mas às vezes procuramos esses fatos mais "grandiosos" ou "chamativos" para nos lembrarmos de que Deus é um Deus de milagres.
Esse é um pensamento muito limitado de Deus.
O maior milagre de Deus está no fato de que aqueles que ouvem a sua voz e se arrependem dos seus caminhos, serão agraciados com a purificação através do sangue de Jesus Cristo, tornando o antes pecador em filho de Deus.
Fique claro que não estou a diminuir ou menosprezar o milagre que me foi narrado nesta manhã. Muito pelo contrário, estou muito feliz por isso. Além disso, ocorrem milagres a todo instante, só que não estamos enxergando isso.
A observação que tem que ser feita pelo leitor é a seguinte: quantas vezes tenho agradecido a Deus pelo milagre da nova vida em Cristo?
Você já agradeceu hoje pelo maior presente da sua vida?

Estou ficando com fome e sede

Antiquado. Quadrado. Ultrapassado. Conservador. Rebelde.
Esses são alguns dos adjetivos, o último até contraditório,  que muitos amigos, principalmente, os mais próximos, utilizam para me definir. A príncipio pode parecer que sou dessa forma, entretanto essa visão, data maxima venia, se mostra superficial, uma vez que, procuro ser muito criterioso no que tange ao que leio, penso e acredito para minha vida espiritual.
Devo salientar que não sou perfeito, nem santo. Nem tenho essa pretensão. Caso tenha passado a imagem de prepotência e arrogância, peço desculpas ao meu estimado leitor.
Apenas estou manifestando minha indignação com as coisas que, para minha enorme tristeza e revolta, vêm ocorrendo dentro do meio cristão.
Não estou especulando teorias malucas que provêm desta mente limitada e sem imaginação. Muito pelo contrário, estou amparado em dois grandes servos de Deus, cujos textos estão me trazendo uma grande alegria. Os baluartes deste post são John Piper e D.M. Lloyd-Jones.
O primeiro, na sua obra "Em Busca de Deus - A Plenitude da Alegria Cristã" (Editado anteriormente sob o título Teologia da Alegria, Shedd Publicações & Edições Vida Nova) me tem confrontado com a questão de como tenho servido a Deus. Há alegria nos meus afazeres na igreja? Faço as coisas com grande prazer e responsabilidade ou como um fardo e por mera obrigação?
Conforme a resposta, saberemos como estamos na nossa vida espiritual. Mas o que mais me surpreendeu é que caso esteja fazendo as coisas por obrigação, estarei PECANDO, porque Deus quer que seu nome seja glorificado, e como o glorificarei se não tenho prazer na sua presença?
Diante disso surge uma dúvida: Como agir então? Bem o quadro que percebo, pelo menos nas igrejas coreanas que é a minha realidade, é a seguinte: Muitas funções, tarefas, que resultam em cansaço, desgaste físico, emocional e espiritual.
Uma pessoa tem que ser professor da EBD, tocar ou cantar na equipe de louvor, participar do coral, e isso e aquilo....
Pergunto, com a maior sinceridade: Qual a razão de tudo isso?
Faço as coisas pela busca do reconhecimento das pessoas?
Por medo de que as pessoas, infelizmente, fiquem fofocando sobre minha pessoa ou minha família?
E Deus cadê nisso? Cadê?
Aonde se encontra a minha alegria que irá glorificá-lo?
E a alegria da salvação, será que a deixei em casa?
Não se preocupe em buscar a alegria na presença de Deus, mesmo que isso signifique ser "só" professor ou do coral ou da banda de louvor, etc. Ninguém é insubstituível, ao contrário do que pregam os livros de auto-ajuda. Eu, você, todos somos NADA diante de Deus. Somos pecadores. Se Deus quiser nos substitui quando quiser. Nunca se esqueça disso. Temos que fazer tudo para sua glória (1Co 10:31; 1Pe 4:11).
Não bastasse isso, o Dr. D.M. Lloyd-Jones, na obra "Pregação e Pregadores" (Editora Fiel) me trouxe esperança. Por muito tempo me senti perturbado com o fato de estranhar porque na igreja tem que se passar tantos vídeos, tem que se utilizar tantos louvores "para criar um clima" no culto, porque se tenta utilizar tanto o bodyworship (danças), teatros, cantatas, tudo em prejuízo do tempo de pregação.
Respeito e muito os líderes de louvor, e sei das boas intenções no momento de louvor, mas a ministração da palavra SOMENTE cabe ao pregador.
Com relação aos vídeos, bodyworship (danças ou louvor com o corpo em uma tradução bem rudimentar), teatros, cantatas, são meios de louvar e glorificar a Deus. Nada mais que isso.
Como pode ter gente que acredita piamente que esses meios são forma de pregação? (entenda-se bem: fazer o pecador ter consciência do pecado, levando à conversão).
Vejamos o que diz a Palavra de Deus:

"Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?
E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!"
(Rm 10:13-15)

A pergunta que faço: Aonde está escrito que as pessoas crerão com os meios de louvor antes citados?
Somente a pregação da Palavra, sem sentimentalismos baratos, nem apelos emotivos manipuladores e muito menos performances dignas de um "showman" , mas sim com fidelidade, retidão podem quebrantar um coração endurecido e levar à salvação.
Então cadê a "Soli Scriptura"?...
É por isso que estamos passando por momentos de grande tribulação, esquecemos a Palavra. Não vai adiantar fazer "reavivamentos" sem a Palavra e sem arrependimento.
O pior é que a culpa é minha, tua, nossa. Sabe porquê? Porque não somos como os cristãos de Beréia, que examinavam as Escrituras para ver se a pregação é fiel. Não há mais avidez, nem fome ou sede da Palavra.
Pronto, já disse tudo que queria.
Podem atirar as pedras.

De Chocolate quente e algo mais...

São Paulo, 15° graus celsius, sensação térmica de 11 graus...
Preguiça e frio, muito frio. Preciso de algo que me esquente, me aqueça o corpo e quem sabe até meu humor.
Café com leite? Talvez, mas necessito de algo mais acolhedor. Mas o quê?
Chocolate quente...Isso...Conforto, aconchego, carinho, proteção.
Estou divagando, relembrando, o que me traz à tona esses sentimentos. O sorriso sincero de minha mãe, quando lhe digo com carinho, quase infantil, "feliz dia das mães".
É algo indescritível.
Essa sensação me relembra outro fato, um pouco esquecida na minha memória, do momento em que me apaixonei pela primeira vez. As juras de um amor adolescente, misturado com a emoção à flor da pele de que naquele momento o mundo ao meu redor não mais me importava.
Como é bom quando sentimos a alegria da expectativa de reencontrarmos a pessoa que nos traz uma sensação de paz, tranquilidade, segurança.
Da mesma forma é nossa vida com Deus. Você se lembra do início deste relacionamento, quando tudo o que você queria era estar junto d´Ele? A grande vontade de ler, principalmente os evangelhos, por horas a fio? 
Sim, eu também me lembro.
Mas depois de alguns meses, anos, este sentimento, o primeiro amor, vai se esfriando.
A rotina, os problemas do cotidiano, como as preocupações do trabalho, dos estudos, tudo isso colaboram para que nossos corações se endureçam e se afastem do relacionamento com Deus.
Não existe mais prazer em cultuar a Deus, tanto na privacidade dos nossos quartos, quanto no encontro com os irmãos de fé.
Tudo se tornou enfadonho, mecânico, desgastante.
Porque isso ocorre?
Bem, cada igreja tem e terá seus próprios problemas, entretanto uma coisa fica clara: a perda do primeiro amor.  
Pode parecer difícil, mas a manutenção do primeiro amor é pessoal e intransferível. É responsabilidade de cada um zelar por ela.

Vejamos o que diz a Palavra de Deus:

"Ao anjo da igreja em Éfeso escreve: Estas coisas diz aquele que conserva na mão direita as sete estrelas e que anda no meio dos sete candeeiros de ouro:
Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos;
e tens perseverança, e suportaste provas por causa do meu nome, e não te deixaste esmorecer.
Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor.
Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas". (Ap. 2: 1-5 - Edição Revista e Atualizada)

Não bastasse isso, Cristo nos advertiu em Mt 24: 12-13 (edição revista e atualizada) que permaneçamos atentos. Vejamos:

                    "E, por se multiplicar a iniqüidade, 
                    o amor se esfriará de quase todos.
                             Aquele, porém,
                      que perseverar até o fim,
                           esse será salvo".


Sinceramente, esse processo de voltar ao primeiro amor e mantê-lo diariamente não é nada fácil. Pelo contrário, é algo muito trabalhoso. Mas é algo inadiável, emergencial, fundamental na vida cristã.
Passo por essa luta todos os dias, tal qual faria para manter meu corpo vivo e saudável.
Não vai ser um evento de "show super hiper" louvor, ou um "avivamento" sem arrependimento que me fará retomar esta relação.
Temos que admitir que a raíz de tudo isso está, acima de tudo, dentro de nós mesmos. Quando partimos dessa premissa, estará dado o primeiro passo, de muitos, rumo à tão ávida e agradável relação com Deus. 
Agora vou sair e tomar um chocolate quente. Preciso e muito.



O Segredo dos teus olhos

Este é o nome do último filme que assisti (normalmente gosto mais de assistir em casa, mas abri uma exceção e recomendo muito esse filme), que me fez refletir algo que sempre rondou a minha mente.
Existe uma frase muito popular atribuída a Leonardo da Vinci: "Os olhos são as janelas da alma e o espelho do mundo".
Não posso deixar de constatar que nossos olhos, mesmo que de forma inconsciente, refletem muito do que pensamos, somos, ou pelo que estamos passando.
Me permitam ser mais claro, uma vez que não sou nenhum tipo de adivinho, mago, charlatão, nada disso. Estou apenas confirmando com você, prezado leitor, uma constatação muito simples, porém verídica.
É impressionante que se nos exercitarmos a prestar atenção ao que ocorre ao nosso redor, deixando por alguns momentos a correria louca e insana dos nossos dias, poderemos nos deparar que o olhar das pessoas nos transmitem algumas mensagens: cansaço, preocupação, angústia, felicidade, alegria, etc.
Faça esse teste, pare de ler este post por alguns momentos e observe, discretamente, senão pode parecer que você é um psicopata social, a mensagem que os olhos das pessoas estão transmitindo.
Surpreendente não?
Entretanto, pretendo ir um pouco mais longe.
Quando você for se olhar no espelho, observe com atenção a região dos seus olhos e veja que mensagem está estampada no seu rosto.
Quem você enxerga?
Teus olhos refletem a graça de Deus na tua vida ou a derrota diante do pecado?
Você vê um peregrino ou um habitante local?
Bem, seja sincero consigo mesmo, porque o que você vê é o que você realmente é, porque podemos esconder ao máximo quem somos, mas nossos olhos nos entregam e mesmo que você consiga enganar a si próprio, a Deus você não engana.
Em tempo, meus olhos me mostram que sou um peregrino bastante ferido....