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Existo, penso, logo compreendo

Se Deus é amor, porque existem tantas guerras, doenças e misérias pelo mundo?
Se Deus é amor, não seria mais fácil perdoar e salvar todas as pessoas?
Essas são duas das mais frequentes perguntas que ouço pelo mundo afora.
São diretas, simples e questionadoras.
São também perguntas que me fiz durante vários anos, exatamente pelo período na qual andava cego e na escuridão.
Existe uma lógica, mesmo que resultante de uma limitação do conhecimento de Deus, que baseia de forma frágil, as perguntas apresentadas.
A primeira pergunta nos remete à limitada visão que temos do amor: quem ama protege, cuida, não permite que nada de mau aconteça à pessoa que amamos. Entretanto, o amor também envolve que dentro da proteção e cuidado existe também a disciplina, correção, exortação em busca do desenvolvimento e amadurecimento da pessoa que tanto prezamos.
Mas esse não é o ponto que pretendo tratar neste post.
O ponto crucial da primeira pergunta é: se Deus é amor e todas essas tragédias e adversidades ocorrem no mundo, então Deus não é amor, sendo, portanto, Deus malvado, sádico e até mentiroso.
E o ser humano? Como será que ficamos nessa história? Somos todos vítimas de um Deus cruel e falível como os deuses gregos?
A Bíblia, mais uma vez, nos traz uma pista:





"Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram". (Rm 5:12)



O pecado entrou no mundo quando o Adão pecou. As consequencias desse ato são terríveis:


"porque o salário do pecado é a morte..." (Rm 6:23)



"Pois a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus.
Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora".
(Rm 8:20-22)


Em outras palavras, quando Adão pecou ele trouxe ao mundo as consequencias do pecado: morte, dor, sofrimento, guerras, doenças, misérias, etc. O ser humano e a criação sofrem até hoje essas consequencias, sendo Deus isento de qualquer culpa. Ele não tem nenhuma responsabilidade sobre isso, a responsabilidade é do ser humano, que sempre tenta culpar outrem pelo erros.
Isso já ocorreu no início dos tempos:


"Perguntou-lhe Deus: Quem te fez saber que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses?
Então, disse o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi.
Disse o SENHOR Deus à mulher: Que é isso que fizeste? Respondeu a mulher: A serpente me enganou, e eu comi". (Gn 3:11-13)



Portanto, Deus é amor, e toda essa injustiça e tragédias que existem no mundo é consequencia do pecado do ser humano (coisa que os filósofos existencialistas, principalmente Albert Camus, não compreenderam). Mesmo assim, Deus mostra sua misericórdia por toda a Bíblia, são inúmeras as passagens nas quais Ele exorta por arrependimento e do derramar do seu perdão. Vejamos um exemplo:


"Mas, se confessarem a sua iniqüidade e a iniqüidade de seus pais, na infidelidade que cometeram contra mim, como também confessarem que andaram contrariamente para comigo, pelo que também fui contrário a eles e os fiz entrar na terra dos seus inimigos; se o seu coração incircunciso se humilhar, e tomarem eles por bem o castigo da sua iniqüidade, então, me lembrarei da minha aliança com Jacó, e também da minha aliança com Isaque, e também da minha aliança com Abraão, e da terra me lembrarei." (Lv 26:40-42)



A segunda pergunta é um pouco mais complexa, uma vez que Deus poderia sim, a princípio perdoar todas as iniquidades cometidas pelo ser humano.
Deus é amor, mas também é justiça, santidade, onipotente, onipresente, onisciente, entre outras coisas. Todos os atributos de Deus estão em equilíbrio e nenhum se sobrepõe a outro.
Não é uma limitação, mas sim uma virtude, dificílimo de compreender.
Agora o porquê de alguns obedecerem ao chamado para arrenpendimento, que culmina na salvação, e outros não, isso sinceramente não está sob minha compreensão.
A única coisa que sei, é que Deus não pode ser considerado injusto, já que:


"O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu.
Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome;" (João 1:10-12)
"E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai." (João 1:14)


Ou seja, todos tiveram a oportunidade, mas somente alguns responderam positivamente. Todos são pecadores, sendo passíveis da justiça de Deus. Todos serão julgados. Entretanto, aqueles que se arrependerem serão perdoados através do sangue de Cristo.
Se no final, todos fossem salvos, o sacrifício de Cristo perderia importância, valor, sentido, e, definitivamente, esse não é o caso.
Espero que dentro das minhas limitações, o leitor possa ter compreendido alguns conceitos, entre eles a importância da base bíblica, para melhor compreensão do que ocorre no mundo.
Enfim, uma cosmovisão cristã.

OBS: Este post foi em homenagem ao post de meu amigo Júlio, que mais uma vez me deu uma inspiração, obrigado meu amigo!

http://juliotacayasu.wordpress.com/2010/06/01/cosmovisao-cristao/




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