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De Chocolate quente e algo mais...

São Paulo, 15° graus celsius, sensação térmica de 11 graus...
Preguiça e frio, muito frio. Preciso de algo que me esquente, me aqueça o corpo e quem sabe até meu humor.
Café com leite? Talvez, mas necessito de algo mais acolhedor. Mas o quê?
Chocolate quente...Isso...Conforto, aconchego, carinho, proteção.
Estou divagando, relembrando, o que me traz à tona esses sentimentos. O sorriso sincero de minha mãe, quando lhe digo com carinho, quase infantil, "feliz dia das mães".
É algo indescritível.
Essa sensação me relembra outro fato, um pouco esquecida na minha memória, do momento em que me apaixonei pela primeira vez. As juras de um amor adolescente, misturado com a emoção à flor da pele de que naquele momento o mundo ao meu redor não mais me importava.
Como é bom quando sentimos a alegria da expectativa de reencontrarmos a pessoa que nos traz uma sensação de paz, tranquilidade, segurança.
Da mesma forma é nossa vida com Deus. Você se lembra do início deste relacionamento, quando tudo o que você queria era estar junto d´Ele? A grande vontade de ler, principalmente os evangelhos, por horas a fio? 
Sim, eu também me lembro.
Mas depois de alguns meses, anos, este sentimento, o primeiro amor, vai se esfriando.
A rotina, os problemas do cotidiano, como as preocupações do trabalho, dos estudos, tudo isso colaboram para que nossos corações se endureçam e se afastem do relacionamento com Deus.
Não existe mais prazer em cultuar a Deus, tanto na privacidade dos nossos quartos, quanto no encontro com os irmãos de fé.
Tudo se tornou enfadonho, mecânico, desgastante.
Porque isso ocorre?
Bem, cada igreja tem e terá seus próprios problemas, entretanto uma coisa fica clara: a perda do primeiro amor.  
Pode parecer difícil, mas a manutenção do primeiro amor é pessoal e intransferível. É responsabilidade de cada um zelar por ela.

Vejamos o que diz a Palavra de Deus:

"Ao anjo da igreja em Éfeso escreve: Estas coisas diz aquele que conserva na mão direita as sete estrelas e que anda no meio dos sete candeeiros de ouro:
Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos;
e tens perseverança, e suportaste provas por causa do meu nome, e não te deixaste esmorecer.
Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor.
Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas". (Ap. 2: 1-5 - Edição Revista e Atualizada)

Não bastasse isso, Cristo nos advertiu em Mt 24: 12-13 (edição revista e atualizada) que permaneçamos atentos. Vejamos:

                    "E, por se multiplicar a iniqüidade, 
                    o amor se esfriará de quase todos.
                             Aquele, porém,
                      que perseverar até o fim,
                           esse será salvo".


Sinceramente, esse processo de voltar ao primeiro amor e mantê-lo diariamente não é nada fácil. Pelo contrário, é algo muito trabalhoso. Mas é algo inadiável, emergencial, fundamental na vida cristã.
Passo por essa luta todos os dias, tal qual faria para manter meu corpo vivo e saudável.
Não vai ser um evento de "show super hiper" louvor, ou um "avivamento" sem arrependimento que me fará retomar esta relação.
Temos que admitir que a raíz de tudo isso está, acima de tudo, dentro de nós mesmos. Quando partimos dessa premissa, estará dado o primeiro passo, de muitos, rumo à tão ávida e agradável relação com Deus. 
Agora vou sair e tomar um chocolate quente. Preciso e muito.



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