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Geração X, Y, Z...E cadê o crescimento espiritual?

Existe um grande problema em enfatizarmos demais a questão do “conflito de gerações”. São inúmeros os artigos a respeito do assunto, inclusive no meio cristão, mas que apenas destacam a “geração x, y, z....”.
A minha dúvida, que pode ser a do leitor, é a seguinte: porque tanta ênfase em atingir essas gerações com suas especificidades, sem que se valorize os conhecimentos que podem ser adquiridos através de uma interação com as pessoas que sentam ao nosso lado no banco da igreja, mais especificamente, os anciãos e adultos?
Somos, por acaso, uma geração tão auto-suficiente? A vida cristã dos mais velhos não poderiam nos trazer lições preciosas?
Não questiono a necessidade de se conhecer melhor e como devemos nos comunicar com as novas gerações, mas sim o surgimento de “líderes espirituais” que “abrem” igrejas e congregações voltadas só para jovens. Isso tem um nome: acepção de pessoas. E o pior, é contra as Escrituras!

“Glória, porém, e honra e paz a qualquer que pratica o bem; primeiramente ao judeu e também ao grego;
Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas”. (Rm 2:10-11)
  
Outra coisa: Os jovens vão envelhecer, e aí o que vai acontecer? Vão ser todos expulsos da igreja?
Por fim estou postando um texto bastante pertinente que trata desse assunto. Boa leitura.

Soli Deo Gloria!

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TITO 1

Depois que foi liberto da prisão domiciliar, que cumpriu junto à guarda pretoriana em Roma, Paulo parte em nova viagem missionária. Na retomada de sua campanha evangelística, Paulo passa pela ilha de Creta, na qual ele e Tito apresentam o evangelho. Tito era um filho espiritual de Paulo, que veio a se tornar um grande amigo e cooperador. O apóstolo decide deixar Tito em Creta para liderar a organização da Igreja em Creta. Enquanto esteve ao lado de Paulo, Tito foi instruído e vivenciou experiências que o moldaram como líder. Após a separação, Paulo procurou obter informações sobre progresso do pupilo na tarefa que lhe foi conferida, e pelo que tomou conhecimento, decidiu escrever uma carta em que encoraja o discípulo, fortalece a sua autoridade pastoral frente os cretenses e orienta na resolução de alguns problemas.

Em diversas passagens das Sagradas Escrituras, vemos Deus utilizando a relação mestre e pupilo como meio para a preparação de novos líderes. Deus vocaciona um jovem e escolhe um servo maduro e experiente para ajudar na formação desse novo líder. Para que esse projeto obtenha êxito, o mentor precisa ser alguém disposto a ensinar, cuja vida sirva de modelo de cristão, e o pupilo seja uma pessoa leal e humilde.

Na carta que Paulo escreve a Tito, o apóstolo aponta como responsabilidade moral da mulher cristã madura, ensinar as mais jovens a se portarem de um modo que a “Palavra de Deus não seja difamada”. Preocupar-se com a formação do caráter cristão dos mais jovens é parte do cumprimento do segundo mandamento do Senhor, e, por conseguinte, responsabilidade daqueles que estão há mais tempo com Cristo, não importando se visa ou não à renovação da liderança.

Entristeço-me quando noto que este modelo escriturístico, o mentoreamento, encontra-se engavetado na maioria das igrejas, sendo substituído pela agenda do ativismo cristão, que mina a comunhão entre as diferentes gerações. A Palavra do Senhor nos estimula a investirmos no estreitamento dos laços entre jovens e velhos, para que a troca de experiências gere um aperfeiçoamento espiritual mútuo, fortalecendo a comunidade de fé. Separando-os, o que ganhamos de imediato é o desinteresse de um pelo outro, gerando dificuldade no processo de renovação da liderança, culminando no desprezo do velho e na soberba do jovem. E, infelizmente, é isso o que vem acontecendo.

Roosevelt Nunes

Fonte: http://jovemref.blogspot.com/2010/12/tito-i.html

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